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sábado, 23 de julho de 2011

Confecções de tamanhos tradicionais apostam no "plus size"

Nada de roupas retas, escuras e lisas. As consumidoras "plus size", de manequim acima do 46, querem modelos que valorizem suas curvas e acompanhem a moda.
As empresas acompanham a tendência. Muitas confecções investem na criação de peças e coleções para mulheres.

Sobre o segmento, não há dados sobre faturamento ou número de empresas na cadeia. Apesar disso, é um mercado em desenvolvimento, segundo a idealizadora da Fashion Week Plus Size Renata Poskus Vaz.

Eduardo Knapp/Folhapress
Look sóbrio ganha graça com cinto e relógio grandes. Clique aqui e confira outras fotos
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O evento, que aconteceu no sábado, em São Paulo, é o principal deste mercado no Brasil. A edição primavera-verão 2012 reuniu 10 grifes e trouxe 800 participantes. Na primeira edição, em 2009, foram 400 presentes e o mesmo número de grifes.

O aumento de visitantes é um dos indícios do desenvolvimento do ramo. Outro é a preocupação das confecções em criar peças e coleções para apresentar no desfile. "No primeiro, as empresas mostravam o que já tinham", ressalta.

Uma das grifes é a La Mafê, que desenhou uma estampa suave em tons de rosa para um tecido especial se transformou em vestidos e blusas. "Queríamos que a consumidora identificasse esse padrão como nosso", explica o diretor de marketing Thiago Machado.

O negócio surgiu há pouco mais de um ano, já com foco no mercado plus size. Outras empresas, contudo, estão migrando dos tamanhos 38 a 44 para os 46 a 60 ou ampliando suas ofertas e incluindo coleções maiores.

Não se trata de aumentar o manequim do que já existe. É preciso pensar no corpo da consumidora e no caimento da roupa. "Elas adoram roupas que valorizem a cintura, o busto e o colo", afirma Débora Voss, coordenadora de produtos da Cativa. A marca Cativa Mais representa 10% do faturamento entre as 11 linhas da empresa, segundo Voss.

Os fabricantes da Sizély, de roupas intimas, também têm uma marca dedicada às consumidoras tamanho 46+. A aposta no bojo estruturado e em detalhes como rendas, pedrarias e costuras delicadas.

A coleção primavera-verão 2011-2012 traz o rosa e o salmão como carros-chefe. "As mulheres cansaram do calçolão bege vovó", brinca Sidnei Simionato, diretor comercial da empresa. Apesar de as tangas médias serem o carro-chefe entre as calcinhas, a empresa oferece desde o fio dental até modelos amplos e de laterais largas.

A empresa ampliou o faturamento em 20% do ano passado para cá e pretende continuar neste ritmo. Com presença mais forte no Sul do Brasil, a Sizély está em busca de representantes comerciais em outras regiões.

A Milanina, que tem 15 anos e ingressou no segmento "plus size" há dez, também prevê aumento dos negócios. Atualmente, são duas unidades próprias e oito franquias com investimento inicial de R$ 300 mil e previsão de retorno de 24 a 36 meses.

Se as projeções do idealizador da marca Hassune Akl se concretizarem, em três anos serão 20 franquias.

De olho nesta oportunidade, a estilista mineira Claudia Nazarini ampliou sua oferta de 38 a 44 para tamanhos até o 58 há três meses. Especializada em roupas de festa, ela diz que tecidos fluidos e drapeados são as principais apostas.

"As consumidoras tinham necessidade de peças glamourosas que ficassem bem nelas", comenta. A estilista não vai deixar os tamanhos tradicionais, mas diz pretender focar no "plus size" para crescer 60% no próximo ano.

Um comentário:

FABÍ RANGEL (BILA) disse...

OLHA EU SENTADA LÁ NA PRIMEIRA FILA, KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK

BEIJOKS, AMEI!