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sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

PADRAO DE BELEZA

‘Estar fora do padrão não é defeito’, afirma Miss Plus Size

MATERIA COPIADA DO SITE DA GLOBO:
Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/megazine/estar-fora-do-padrao-nao-defeito-afirma-miss-plus-size-7645775#ixzz2Lf92R6AS
 


A Miss Plus Size Carioca Amanda Santana participará da Fashion Weekend Plus Size, em São Paulo
Foto: Divulgação / FWPS Inverno 2013

RIO - Os padrões de beleza da sociedade são filtrados pelo mundo da moda, que diariamente mostra imagens de modelos lindas e, claro, magras. Esse cenário está se reinventando: um dos exemplos mais recentes foi a capa de junho de 2011 da “Vogue” italiana. Três belas modelos estampavam a capa: Tara Lynn, Candice Huffine e Robyn Lawley. Todas são ícones da moda plus size, que começa a ser valorizado no exterior e engatinha no Brasil.

Tanto que neste sábado acontecerá o Fashion Weekend Plus Size. O evento será realizado a partir das 15h no Auditório Simon Bolívar, no Memorial da América Latina, em São Paulo. Cinco modelos foram selecionadas para representar a diversidade da beleza brasileira, e uma delas é a Miss Plus Size Carioca 2012. Amanda Santana, de 29 anos, trabalha há três anos como modelo e demorou muitos tempo para aceitar seu corpo.
- Digamos que fiz de quase tudo para emagrecer: dieta da sopa, chás, proteínas, shakes, fórmulas. Em um momento de desespero, cheguei a passar fome. Mas hoje minha vida é muito diferente e saudável. Faço uma dieta equilibrada durante a semana, caminho três vezes por semana e no fim de semana me permito comer chocolate e outras guloseimas. Não sou mais neurótica - conta a modelo.
Amanda fazia dietas desde os sete anos e passou pela adolescência com obesidade mórbida. Durante grande parte da vida conviveu com o sobrepeso - característica herdada da família do pai - e a discriminação: piadas e brincadeiras de mal gosto no colégio a deixaram com baixa autoestima. Mas há cerca de três anos, ela passou a observar o mercado plus size, enquanto trabalhava na área de saúde. A entrada no ramo da moda mudou não só sua vida, como a percepção sobre a obesidade e seu corpo:
- Era incentivada pela família e pelos amigos. Quando comecei o trabalho de modelo, conheci mulheres com as mesmas dificuldades que eu tinha. Percebi que não era a única que precisava superar complexos e aprender a me amar do jeito que sou.
Para ela, o mercado brasileiro ainda é imaturo - se comparado ao estrangeiro - e longe do ideal. Amanda acredita que ícones plus size, como Preta Gil, ajudam a desmitificar a visão equivocada do padrão de beleza no Brasil.
- Sem incentivo a obesidade, mas para resgatar a autoestima de muitas mulheres - ressalta Amanda.
A modelo acredita que a juventude tem mais autonomia para fazer sua própria moda e quebrar padrões e tabus sociais, e incentiva essa mudança:
- Estar fora dos padrões impostos não é um defeito. Aprendam a se amar e a quebrar paradigmas. Hoje, sou feliz e realizada com meus quilinhos a mais. E mesmo acima do peso, podemos ser saudáveis, elegantes, lindas, vaidosas e atraentes.

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