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terça-feira, 26 de outubro de 2010

Sim sou gordinha, e daí?

Sim sou gordinha, e daí?

Minhas curvas são delineadas, tal estrada,Meu sorriso é doce e terno, sou liberdade,Carrego no olhar a ternura e a suavidade.

Adoro chocolate, um orgasmo verdadeiro,Não me consolo num abraço traiçoeiro,Não creio no valor frio, sórdido e rançoso,Creio no amor superando tudo, esperançoso.

Sim sou gordinha, e daí?

Tenho um pouco de anjo, voar livremente,Das bruxas herdei o feitiço e o encantamento,Da mulher, a delicadeza e a feminilidade,Da canção, um coração ditando poesia,Da música, todas as notas, multiplicidade.

Sim sou gordinha, e daí?

Eu sou todos os sons que a vida interpreta,Eu sou a harmonia da sinfonia que encanta,Eu sou a força do viver edificando tudo,Eu creio em mim e nos meus valores, contudo,Não creio na falsa verdade do preconceito.

Sim sou gordinha, e daí?

Meu espelho não mente, não me engana,Vejo nele refletido meu corpo e minha alma.São tantos rumores, falsos pudores,Corações de cera fria, perseguidores,Vou juntando os cacos e deito-os no lixo.

Não entro em conflitos, sou a paz,Sou eu, amando, sorrindo, chorando,Pela vida fora, segura vou andando.

Sim sou gordinha, e daí?

Sou menina, mulher, mãe, avó,Sou amiga, vizinha, tia…Sou feirante, florista, ou vadia.Sou o que eu quiser,Por ora sou, simplesmente, mulher.

Autor(a) desconhecido(a).

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