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quarta-feira, 25 de setembro de 2013

A Abercrombie & Fitch diz não às gordinhas

A marca americana sensação entre os jovens não fabrica modelos G e GG para mulheres. Problemas na fábrica? Não, é a estratégia do presidente que não quer pessoas 'acima do peso' arruinando seus negócios

Loja da Abercrombie & Fitch em Nova York
Loja da Abercrombie & Fitch em Nova York: presidente da companhia não gosta de pessoas gordas (Mario Tama/Getty Images)
A loja de roupas Abercrombie & Fitch, marca desejada por adolescentes e universitários americanos, tem um público fiel no Brasil. Mas a preferência tem limite: o tamanho das roupas desenhadas pelos estilistas da marca. O motivo é a estratégia que o presidente da companhia, Mike Jeffries, adotou: ele não quer relacionar a imagem da Abercrombie com pessoas "acima do peso".
Sim, é politicamente incorreto - e Jeffries não tem vergonha dessa preferência. A Abercrombie de Jeffries vai propositalmente contra a moda da beleza natural, como a Dove mostrou em seu filme Real Beleza“Ele não quer pessoas ‘grandes’ comprando em sua loja, ele quer pessoas bonitas e magras”, contou Robin Lewis, co-autor do livro The New Rules of Retail (As Novas Regras do Varejo, em tradução livre), ao site Business Insider. Nas páginas da publicação, Lewis e seu parceiro de trabalho, Michael Dart, explicam que Jeffries quer passar a imagem de que a marca só é usada por pessoas ‘gostosas’, populares e com boa aparência. 
Em 2006, o presidente da Abercrombie já havia deixado claro essa estratégia ao dizer para o site de notícias Salon que a comunicação com pessoas bonitas é a base de seu marketing e que só contrata funcionários bem apessoados para suas lojas porque assim atrai uma clientela também mais bonita. “Nós não vendemos para nenhum público além desse”, disse na ocasião.
A única razão, de acordo com os autores do livro, para que a Abercrombie vender roupas masculinas de tamanho maior é atingir os atletas, que são mais musculosos. “Jeffries não gosta de pessoas gordas e não quer que elas arruínem sua marca”, comenta Lewis. A estratégia é peculiar e não é vista em outras marcas concorrentes como H&M, American Eagle, GAP, Banana Republic, Old Navy, entre outras. 

Fonte: Revista Veja on-line

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